A descentralização das ações culturais na cidade de São Bernardo do Campo se constitui em importante estratégia de combate ao clientelismo assistido em vários outros lugares deste imenso país. Basta acompanhar o noticiário nacional para perceber como boa parte dos agentes públicos encontra-se sequestrado pelos criminosos do colarinho branco. Mesmo aqueles que, outrora, defendiam com discurso acalorado a proteção à República. Desmantelar a relação promíscua que reina entre os entes da administração pública e os Alcapones do século XXI é um grande desafio para os eleitores brasileiros nestes próximos 20 anos. Como? Exigir ficha limpa para todas as funções públicas e o financiamento público das campanhas eleitorais, são práticas essenciais para colocar o servidor público a serviço da população. A prefeitura de São Bernardo inova ao colocar a disposição da população editais, visando a seleção de espetáculo cultural e também para uso dos espaços públicos, a exemplo os teatros que podem ser usados por qualquer pessoa jurídica ou física mediante projeto avaliado por comissão externa à Secretaria de Cultura. No entanto, essas ações não são suficientes para dar sustentação à política de descentralização, a administração precisa materializar essas ações por meio da construção de Centros Culturais nas regiões mais afastadas do centro, e assim consolidar a prática. Sem isso a descentralização, de fato, perde força e ganha aspectos de descentralização tentacular. O jardim Represa é um ótimo observatório, basta lembrar que durante todo o ano de 2009, eram comuns eventos culturais na Pça. São Judas Tadeu, um simples remanejamento da equipe foi suficiente para ficar parado dois anos. Só agora em 2012 retomou-se a prática de reunir artistas locais para promover eventos às quintas-feiras. A hora de propor a construção do Centro Cultural no Jd. Represa é agora, já que a população vai ter a oportunidade de eleger três prioridades na reunião do Orçamento Participativo que ocorrerá em 28/04, às 9h, na EMEB Isidoro Batistini, à Estrada Galvão Bueno.
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