terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Professora é agredida em escola de São Bernardo do Campo

Professora é agredida, "involuntariamente", por turba de alunos em escola de São Bernardo do Campo.
Escola Estadual localizada no bairro Alves Dias, em cidade do ABC paulista registra caso de agressão a professora. Hoje, por volta das 18h20, horário de saída de alunos do fundamental II, o que era para ser normal se torna mais um pesadelo na vida de professores e funcionários, especialmente para a professora, que alega ter se posicionado para abrir a porta quando no momento em que tocou o sinal, de repente a turba de alunos saiu em desabalada carreira da sala, ação essa que acabou fraturando os dedos da professora, prensados entre a porta e a parede. Não satisfeitos com isso, saíram jogando mochilas, lixeiras, apostilas e derrubando tudo que encontravam  pela frente, até o portão principal. Após terem saído, começou a artilharia aérea com pedras em direção ao estacionamento onde encontravam-se os veículos dos professores, inclusive, o daquela que teve os dedos quebrados. 



Aos pensadores, gestores, governantes, professores, pais, e aqueles que nos lerem, fica as seguintes reflexões: o que justifica tal comportamento? O que a escola deve fazer para amenizar essa revol(ução)ta? Estamos passando por um momento de transformação da sociedade que exige da escola um postura diferente em relação aos seus alunos? E a família o que tem feito para envolver seus filhos numa dimensão colaborativa e solidária? 

domingo, 25 de novembro de 2012

Em nome da Lei











Em Janeiro de 2013, a Lei 10.369, que altera a Lei  no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", completa dez anos e os resultados que vemos em relação ao cumprimento da Lei, ainda são muito tímidos, os indicadores que sustentam resultados tão pífios vão desde ao desconhecimento de práticas inovadoras para o tratamento da temática à prática de preconceito, propriamente dito, por parte de quem deveria combatê-lo. A impressão que se tem no interior das escolas é que quando se propõe o desenvolvimento de projetos envolvendo a história da África os gestores veem como se tivessem sendo democráticos ou ainda como se tivessem fazendo  favor ao  permitir que se inclua na atividade escolar tal assunto. Abordar questões ligadas a religiosidade é quase um crime, para alguns, numa dessas ocasiões disseram que eu estava fazendo macumba em sala de aula. Em minha dissertação de mestrado abordei um conceito, que ainda está em desenvolvimento, voltado para a compreensão dos obstáculos invisíveis pelos quais temos que passar todos os dias para alcançar determinados objetivos, denominado "descatracalização da vida" que trata-se da metaforização do comportamento anti-colaborativo de pessoas que tem o poder de decidir algumas coisas no nosso cotidiano, em se tratando da escola as questões se tornam mais graves. Salvo em alguns casos, específicos, que começam  a mostrar interesse, mais como disse, muito tímido ainda. Quero destacar a expertise da Diretora da Escola Estadual Antônio Caputo, Riacho Grande, Distrito da Cidade de São Bernardo do Campo, por ter mobilizado parceiros para a realização de evento em comemoração ao dia da Consciência Negra.

Negritude e Identidade

Ontem, 24/11, o Professor Doutor Kabengele Munanga, titular da Universidade de São Paulo, esteve em São Bernardo do Campo, na biblioteca Monteiro Lobato, falando para um pequeno grupo sobre Negritude e Identidade no Brasil. Entre as linhas de discussão do professor estão também: Cultura da Paz, Superação do Racismo na Escola, o Negro no Brasil de hoje e Origens Africanas no Brasil Contemporâneo: histórias, línguas, culturas e civilizações. Para o professor a forma como os livros didáticos brasileiros apresentam a escravidão no Brasil deve ser revista, já que a visão ali exposta apresenta uma única visão: a do colonizador. Querer justificar o crime cometido contra a humanidade por meio da alegação de que os africanos já eram escravizados na África é mais um crime por se tratar de negar a verdadeira história do povo africano na composição da arte e da cultura brasileira.






quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Arte e Cultura Afro-brasileira: Diplomata Sérgio Vieira de Mello em foco


"No cotidiano escolar, a cultura é muitas vezes associada ao que é local, pitoresco, folclórico, bem como ao divertimento ou lazer, ao passo que o conhecimento é frequentemente associado a um saber inalcançável. [...] o conhecimento constitui ferramenta para teoria e prática, o global e o local, o abstrato e seu contexto físico." (Currículo do Estado de São Paulo, p.11) Partindo desse princípio acreditamos que a discussão acerca da arte e cultura de matrizes africanas pode contribuir para a construção de um saber a partir de uma perspectiva global e ao mesmo tempo local. O projeto se justifica pelo fato de criarmos possibilidade de aproximar cultura e conhecimento no mesmo espaço: o escolar. Visto que detectamos nas relações interpessoais, de toda comunidade escolar, indícios que revelam pouca ou nenhuma representação da comunidade negra nas atividades escolares. Esse fato se torna preocupante, já que o currículo faz menção ao atendimento da Lei 10369, pensando nisso acreditamos que ao desenvolver esse projeto podemos atender duas questões de extrema importância para a formação discente e docente: conscientizar os participantes da importância da História Africana para a formação do Brasil, bem como difundir boas e diversificadas práticas pedagógicas, conforme orienta o currículo.






















quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Arte e Cultura afro-brasileira: Mizuho em foco.


O importante, nesse primeiro momento, é saber que um dos motivos da série de  sequestro de pessoas africanas pelos portugueses tinha como princípio básico obrigá-los a implantar aqui no Brasil a tecnologia  de ponta já desenvolvida naquele continente. (mais tarde eu retomo essa tese, por enquanto vejam as fotos que registram a atividade da Escola Estadual Mizuho Abundância)