Em Janeiro de 2013, a Lei 10.369, que altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", completa dez anos e os resultados que vemos em relação ao cumprimento da Lei, ainda são muito tímidos, os indicadores que sustentam resultados tão pífios vão desde ao desconhecimento de práticas inovadoras para o tratamento da temática à prática de preconceito, propriamente dito, por parte de quem deveria combatê-lo. A impressão que se tem no interior das escolas é que quando se propõe o desenvolvimento de projetos envolvendo a história da África os gestores veem como se tivessem sendo democráticos ou ainda como se tivessem fazendo favor ao permitir que se inclua na atividade escolar tal assunto. Abordar questões ligadas a religiosidade é quase um crime, para alguns, numa dessas ocasiões disseram que eu estava fazendo macumba em sala de aula. Em minha dissertação de mestrado abordei um conceito, que ainda está em desenvolvimento, voltado para a compreensão dos obstáculos invisíveis pelos quais temos que passar todos os dias para alcançar determinados objetivos, denominado "descatracalização da vida" que trata-se da metaforização do comportamento anti-colaborativo de pessoas que tem o poder de decidir algumas coisas no nosso cotidiano, em se tratando da escola as questões se tornam mais graves. Salvo em alguns casos, específicos, que começam a mostrar interesse, mais como disse, muito tímido ainda. Quero destacar a expertise da Diretora da Escola Estadual Antônio Caputo, Riacho Grande, Distrito da Cidade de São Bernardo do Campo, por ter mobilizado parceiros para a realização de evento em comemoração ao dia da Consciência Negra.
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