sexta-feira, 30 de julho de 2010

Escola Humanizada

O discurso em torno da democratização do acesso à educação pública é relativamente recente. Neste quadro, as medidas para universalizar o atendimento ao ensino básico, só ocorrem a partir da Constituição Federal de 1988, no que refere à previsão legal, tornando essa medida obrigatória por parte dos entes da federação. Com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da educação nacional, Lei nº. 9394/96 de 20 de dezembro de 1996, fica mais clara a previsão legislativa e diz que: Art. 22. A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. Buscando atender a esse princípio é que pretendemos desenvolver o projeto escola humanizada. Com o enfraquecimento do regime militar em meados da década de 1980, surgiram inúmeras reformas no campo da educação. Tratando especialmente do caso do Estado de São Paulo, os governos Montoro, Quércia, Fleury, Covas, Alckmin e Serra, por meio dos seus secretários, desencadearam um conjunto de medidas visando, sobretudo a universalização e agora mais por último a qualidade do ensino público. Valorização do profissional de ensino, novos métodos e teorias pedagógicas, escola de tempo integral, e outras. Mas nenhuma dessas reformas trouxe a possibilidade de se discutir a humanização das relações interpessoais na escola, todas as reformas fracassaram juntas com seus criadores e extintas, tão logo terminasse o mandato do executivo, isso tem se mostrado muito frequente nos últimos 25 anos. Para reverter essa realidade é necessário estabelecer uma cultura de paz nas escolas através de assembleias escolares e assim alcançarmos o que chamamos de escola humanizada. Projeto previsto para iniciar na segunda quinzena de agosto.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Lição de Casa

Os questionamentos em torno dos procedimentos educacionais têm chamado bastante a atenção nos últimos 25 anos, período que coincide com o fim da ditadura militar no Brasil e o início de um governo democrático. Coincide também com um significativo avanço nas políticas neoliberais retomadas pelos governos norte americano e inglês na década de oitenta, Ronald Reagan e Margareth Thatcher (a dama de ferro), respectivamente. O fim da ditadura no Brasil revelou o fracasso da pedagogia tecnicista, com o advento da abertura de mercado, que passou a exigir mão de obra qualificada. E o avanço das políticas neoliberais, entre elas a prática de empréstimo para o desenvolvimento da educação mediante a apresentação de metas. Assim foi dada a largada para a corrida que objetivava a universalização do acesso ao ensino básico. "Lugar de criança é na escola", diziam os mais ávidos por recursos do Bird (Banco interamericano para o desenvolvimento). É aí que reside os princípios gestacionais da política da progressão continuada. Que agora faz suas ilustres vítimas. O desinteresse no ensino médio está no fato de: primeiro o discurso da família e dos professores, na prática não se confirmam nem de longe, "para ser alguém na vida tem que estudar". Só se for no País das Maravilhas, porque com esse atual formato de ensino médio é impossível. Segundo o próprio termo "ensino médio" já é uma vergonha, diria o nobre Boris Casoy. O indivíduo passa, em média, 11 anos na escola para quê, nada? Sim, porque nem tem uma profissão para ingressar no mercado de trabalho, nem tem condições de ingressar em curso superior, esse gargalo tem de ser resolvido ou as estatísticas de evasão tenderão a aumentar cada vez mais. O caminho é (re)signifar o ensino secundário, especialmente, a 3ª série. Esta deve oferecer ao educando uma formação voltada para o mercado de trabalho, ao mesmo tempo em que o direciona para uma formação superior da sua preferença, com ingresso direto, a nota final servirá para dizer em qual universidade ele vai continuar seus estudos. A não integração do ensino como um todo, significa a vitória da minoria organizada que domina este país há mais de 500 anos.

domingo, 11 de julho de 2010

Finalmente campeã

Na derrota do Brasil para a Holanda, escrevi aqui que todos iam chorar, era apenas uma questão de tempo, contrariando um dito popular "quem chora por último, chora melhor", hoje foi o dia dos dois melhores times chorarem. Um de tristeza, o outro de alegria, mas todos choraram, lembra? Evidentemente que Roben vai ter uma preocupação diferenciada, porque cá entre nós, aquele perna-de-pau deve ser espanhol, impossível perder dois gools daqueles, fala a verdade? Até minha mãe faria, diria um tal Tadeu. Parabéns (Iniesta) aos espanhóis.

Assembleias escolares - parte 2

Assembleias escolares - parte 1

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Choro adiado

Para não dizer que não falei das bolas que o Brasil deixou de chutar e das jabulanes que o nosso goleiro, Júlio Cersar, deixou de segurar, assim como os jogadores que não estiveram na copa, que ao meu ver são os únicos vencedores e os únicos que vão sorrir com traquilidade nos próximos 4 anos. Eu também irei sorrir com tranquilidade, sempre, porque sou torcedor não apenas do Brasil, mas do melhor futebol, e hoje não podemos negar, a Holanda apresentou um bom futebol, que vença o melhor. Jogo é jogado, lambari é pescado. Importante agora, e sempre , é saber que todos vão chorar, uma questão de tempo, inclusive o campeão vai chorar, diferente é claro, mas vai.