segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Dicas para virar escritor
















Eu sempre pensei em ser imortal, porque se tem uma coisa que tenho medo é da morte, nossa senhora! Que horror! Não quero nem pensar. Por isso fui ao encontro do escritor Ricardo Azevedo, pelo que sei tem bastante intimidade com a morte. Até escreve contos para enganar a morte, só para se ter uma ideia. Pois bem, sábado 28/08, não é que o danado foi à biblioteca Monteiro Lobato, dizer como se vira escritor. Essa eu não podia perder, nem você, mas tudo bem. Ao abordar os aspectos da criação e criatividade nas modalidades literatura e desenho o autor apontou que não devemos desperdiçar nada do que vem à mente, porque: "escrever é assim: de micharia em micharia é que surgem os grandes textos". Continua ele: "comecei recortando notícia de jornal para ver se surgia inspiração para escrever". Ainda faz analogia do processo de ensinar a ter criatividade, por exemplo: como ensinar alguém a amar? Segundo ele não tem receita pronta. Como indicação de leitura sugeriu: "O homem que não queria saber de nada, de nada, de nada" Peter Bitson.

Literatura de Cordel
















Na sexta, 27/08, tive a oportunidade de apreciar um evento ímpar, na biblioteca Monteiro Lobato, promovido pela Secretaria de Cultura de São Bernardo do Campo. A festa contou com a presença do famoso cordelista Moreira de Acopiara e a fantástica Caravana do Cordel, que na ocasião trouxe as lendárias figuras nordestinas, do gênero: Marco Aurélio, Vaneci Nascimento, Nando Poeta, Costa Senna, João Gomes de Sá, Pedro Monteiro e Jackson. O sarau foi regado com belíssimas declamações de cordel, com pitadas de humor fino, ao som de uma afinada viola de 10 cordas. Um verdadeiro primor. Confesso, nunca tinha presenciado tanto talento juntos. Primeiro: porque para mim escritor sempre foi como pé-de-cobra, você sabe que existe, mas nunca ver. Incrível. Segundo: porque me senti verdadeiramente no Nordeste. Que beleza!

sábado, 28 de agosto de 2010

Desescolarização da leitura
















Tem uma série de coisas que preciso resgatar para entender o que sou hoje, (fico pensando, só às vezes, se estou sofrendo de crise existencial), Mas isso não importa, agora. Talvez em um outro momento. De verdade, verdadeira? O que importa agora é incentivar à leitura, não aquela leitura para ganhar nota, - que quase sempre, ou já mais vai medi o que o educando sabe ou não sabe - mas aquela que encanta, que leva o sujeito oculto a viver a possibilidade de um mundo melhor, de mundo mágico e, sobretudo, nos leva a conhecer a única porta de acesso a todas as culturas, de qualquer lugar, de qualquer credo, de qualquer qualquer. É isso, leve a leitura para seu espaço, mas sem a preocupação de medi o quanto foi absorvido ou não, porque isso é imensurável, é imedível.

Escola Humanizada: a saga
















Viver é lê, lê é observar, a vida é uma luta, a luta é a reação de uma vida bem vivida, bem observada, bem lutada, bem reagida, bem lida. "Para com isso meu irmão." Trabalhei quase 10 anos em segurança pública (de 1999 a 2009), lá muitas vezes fiz as pessoas me ouvirem, sem demora, qualquer tipo de pessoa, nunca me importou quem era. De modo que o que eu falava era Lei, mesmo que fosse provisória, mas era Lei. Isso me fascinava (às vezes). Quanta gente boa, quanta gente linda, quanta gente educada. Quando abandonei a segurança pública e assumi a educação pública (por uns tempos fiquei nos dois: ensinava de dia e corrigia à noite) tomei um choque, descobri que as pessoas, no caso os alunos, se quer olhavam para mim. Por isso desde de 2008, venho experimentando práticas que não precise ter uma arma na cintura para fazer as pessoas me ouvirem. Assim sendo, em 27/08/2010, lançamos um projeto chamado Escola Humanizada, que visa, sobretudo, estabelecer uma cultura de paz nas escolas, pautada em três princípios constitucionais: a inclusão social, direitos humanos e escola democrática. Penso que ao evidenciarmos as diferenças estaremos caminhando para um equilíbrio nas relações interpessoais. Para a partir daí pensarmos em avançar nos bons resultados, no ensino aprendizagem, do qual tanto falamos.

Anos depois
















Em meados da década de 1990, trabalhei numa importante indústria de brinquedos, em São Bernardo do Campo, na ocasião ganhei um convite, para visitar uma tal de Bienal. Com direito a transporte e tudo mais. A sensação que tive, não me lembro ao certo, mas acredito não ter sido das mais entusiásticas. Se hoje eu estivesse lá, talvez diria para mim mesmo: 'presta atenção rapaz'. Mas este não é o caso, porque 20 anos depois volto para esta mesma "tal de bienal", às minhas custas, e minha reação foi, no mínimo, apaixonante. Encontrei pessoas que conhecia e, principalmente, pessoas que eu não conhecia, para compreender essa dinâmica somente através da leitura. E foi isso que fiz. Li, li bastante, e continuo lendo. Leia você também!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

A Magia da Leitura
















Armadilha para pegar leitores



Dia 07/08/10, a escola onde trabalho organizou a reunião bimestral entre pais e professores, seguindo a mesma dinâmica da reunião passada, organizei uma roda de leitura, apreciação e empréstimo de livros para os pais, visando, sobretudo, formar intermediadores de leitura no seio familiar. Falar que a leitura é a única porta de acesso a todas as outras culturas não pode ser uma tarefa exclusiva do professor. Todos devem semear o conhecimento. Neste evento contei com o apoio da direção da escola, da divisão de biblioteca pública de São Bernardo do Campo, da prof.ª Imaculada e especialmente dos pais, que adoram a iniciativa.